Neste recentíssimo livro publicado pela Editora Arcádia sobre a Madre Teresa de Calcutá da autoria de Leo Maasburg, sacerdote austríaco que a acompanhou durante muitos anos como conselheiro e tradutor, ressalta uma pequena mas maravilhosa história sobre Santo António.
O texto que se apresenta entre aspas foi transcrito fielmente do referido livro, apresentando-se no final das frases a respectiva referência bibliográfica “autor, ano, página”.
A história é esta:
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O Padre Leo Maasburg aguardava ansiosamente no aeroporto de Roma a chegada de Madre Teresa que se disponibilizara a levar, na sua mala diplomática, uma caixa bem acondicionada com todos os filmes e fotografias que havia feito sobre o trabalho das Irmãs da Caridade em Calcutá.
Enquanto esperavam na sala da recolha da bagagem, todos as caixas que Madre Teresa tinha trazido consigo apareceram, menos uma. Faltava precisamente a caixa do Padre Leo com os filmes e as fotografias!
A preocupação e desilusão foram enormes mas, com o seu apurado sentido prático, Madre Teresa aconselhou-o a "prometer alvíssaras ao Santo António, conhecido no Céu como responsável pelos perdidos" (Maasburg 2010: 87).
Seguindo o conselho de Madre Teresa, o sacerdote prometeu ao Santo António 50 dólares americanos se a caixa finalmente chegasse a salvo ao seu destino. No entanto, ao fim de dois dias ainda não tinha chegado pelo que os funcionários da alfândega já a davam como definitivamente perdida.
Com grande mágoa, foi falar com a Madre Teresa. Ela então perguntou-lhe:
“- O que é que prometeste ao Santo António?
- O que a senhora me disse: cinquenta dólares!
- Pois, está bem. Mas tens de lhe prometer cinquenta dólares para «pão para os pobres»! A isso, ele é particularmente sensível.” (Maasburg 2010: 87)
O Padre Leo renovou a sua promessa a Santo António, mas desta vez achou por bem duplicar a quantia para 100 dólares. Quando voltou ao aeroporto, passadas duas horas apenas, a caixa com os filmes tinha chegado, para grande surpresa de todos.
Na alma do Padre Leo nascia, contudo, uma questão: “o que é que terá motivado o Santo António a dar este desfecho ao caso? O facto de eu lhe ter prometido «pão para os pobres» ou o ter aumentado a quantia de cinquenta para cem dólares?” (Maasburg 2010: 88)
Eis a opinião da Irmã Franciscana:
Creio que não havia sequer razão para ter dúvidas, mais a mais a resposta já lhe tinha sido dada por Madre Teresa:
“PÃO PARA OS POBRES”! A ISSO, ELE É PARTICULARMENTE SENSÍVEL!”
Fica aqui a lição de Madre Teresa e de Santo António. Duas almas “sensíveis” aos pobres dos mais pobres. Da minha alma salta apenas a questão: “Santa Madre Teresa, também é mais sensível aos pedidos feitos com o pensamento no pão para os pobres? Tenho a certeza que sim.
Santo António distribui o pão pelos pobres
Não esqueçamos, pois, de prometer a Santo António no Responso, qualquer coisa mais para o pão dos seus pobres.
A certeza de sermos atendidos será infinita!
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