Este blog foi oferecido a Santo António, perante o seu altar, na sua santa casa de Lisboa, para sua honra e glória nos Céus e na Terra

(Por irmã franciscana da OFS Santo António de Lisboa à Sé)


Transmissão em directo da igreja de Santo António de Lisboa à Sé

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19/02/12

Florinhas de Santo António - "Como Santo António fez que falasse um morto para livrar da forca a seus pais"

O demónio tudo fazia para tirar a paz a Santo António.
Certa vez, fez com que um homem assassinasse um jovem rapaz durante a noite, levasse o corpo para o quintal dos pais de Santo António, enterrando-o aí e fugindo em seguida.
Ao amanhecer, os vizinhos deram conta do sangue espalhado pela rua junto da casa.
O Regedor da Justiça soube do facto e Martinho de Bulhões, o pai de Santo António, foi acusado do crime e condenado à morte na forca.
 Estando em Pádua a pregar, Santo António foi avisado por divina revelação do perigo que seu pai corria. O santo foi pedir humildemente ao guardião do convento para que o deixasse ir a Portugal tratar deste assunto urgente. Partiu então, para Lisboa, e viu-se misteriosa e imediatamente transportado para esta cidade, indo directamente para o tribunal em defesa do seu pai.
O Regedor da Justiça, que já ouvira falar da santidade de Santo António, respondeu: - "Ó frei António, se fores capaz de apresentar provas legítimas ou testemunho suficiente da inocência de teus pais, fica certo de que os soltarei com sumo gosto, e nenhum mal virá sobre eles. Agora se tanto não puderes, então é preciso que se cumpra justiça, pois em casa deles foi encontrado um morto".
Santo António, firme na clemência divina respondeu: - "A prova mais certa e verdadeira será perguntar ao defunto se foram meus pais que lhe deram a morte. Se responder que sim, pois faça-se justiça; mas se responder que estão sem culpa, dar-lhes-ás a liberdade".
E todos foram a caminho do quintal, onde estava sepultado o morto há uns dias. Uma vez ali, Santo António, depois de orar, suplicou a Misericórdia Divina e, levantando-se, cheio de fé, bradou: - "Ó homem, por virtude de Deus omnipotente e da parte do Misericordioso Jesus te ordeno que digas se foram meus pais que te mataram".
Do fundo da sepultura se ouviu uma voz: -" Esses que são condenados por causa da minha morte, estão inocentes".
O Regedor cumpriu a promessa que fizera e soltou os pais de Santo António que, juntos com seu filho, louvaram e glorificaram a Deus.
No dia seguinte, Santo António estava de volta a Itália, levado pelos anjos.

Música de Caldara

para 

a comemoração deste milagre de Santo António


Em honra deste portentoso milagre de Santo António, o compositor italiano António Caldara (1670 - 1736), compôs uma oratória intitulada "Il Morto Redivivo ovvero Sant'Antonio di Padova che resuscita il morto per liberar il Padre", com libreto de Castore Montalbani, estreada em 1726, em Salisburgo.


Ouçamos a abertura:


(lamentavelmente não se encontraram referências sobre os intérpretes)
    



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RESPONSO DE SANTO ANTÓNIO

Se milagres desejais,
recorrei a Santo António;
vereis fugir o demónio
e as tentações infernais.


Refrão:

Recupera-se o perdido,
rompe-se a dura prisão
e no auge do furacão
cede o mar embravecido.


Pela sua intercessão
foge a peste, o erro, a morte,
o fraco torna-se forte
e torna-se o enfermo são.


Refrão:

Recupera-se o perdido...


Todos os males humanos
se moderam, se retiram,
digam-no aqueles que o viram;
digam-no os paduanos.


Refrão:

Recupera-se o perdido...


Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo.


Refrão:

Recupera-se o perdido...


V: Rogai por nós, Bem-Aventurado Santo António.
R: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


OREMOS

Deus eterno e omnipotente: Vós quisestes que o Vosso povo encontrasse e Santo António de Lisboa um grande pregador do Evangelho e um intercessor poderoso: concedei-nos seguir fielmente os princípios da vida cristã, para que mereçamos tê-lo como protector em todas as adversidades.

Por Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Amen